Cacau Show vence a Kopenhagen na justiça e será dona de famoso chocolate

A Justiça do Rio de Janeiro derrubou a exclusividade da marca “Língua de Gato” da Kopenhagen, permitindo que a Cacau Show utilize o termo em seus produtos. A disputa judicial, que envolveu a Allshow, uma das controladoras da Cacau Show, resultou em uma reviravolta significativa no mercado de chocolates brasileiro.

A juíza Laura Bastos Carvalho considerou que a expressão “língua de gato” é de uso comum, não justificando a exclusividade reivindicada pela Kopenhagen. Essa decisão abre caminho para a Cacau Show lançar produtos com o nome “língua de gato”, ampliando a concorrência no setor.

A Kopenhagen, tradicional fabricante de chocolates, comercializa sua famosa “língua de gato” desde 1940. Em sua defesa, a empresa argumentou que o uso indevido da marca por concorrentes não evidenciava sua natureza comum ou vulgar, mas sim uma tentativa parasitária de associar seus produtos aos da Kopenhagen.

A companhia afirmou que vinha adotando medidas judiciais e extrajudiciais para assegurar a unicidade de sua marca. No entanto, a juíza Laura Bastos Carvalho discordou, afirmando que a expressão “língua de gato” é de uso comum para designar chocolates em formato oblongo e achatado.

No processo, a sócia da Cacau Show apresentou uma lista de fabricantes estrangeiros que utilizam o termo “língua de gato” em seus produtos. A juíza concluiu que a Kopenhagen não conseguiu demonstrar que a marca era única ao registrá-la no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). 

A Cacau Show comemorou a decisão, que permite à empresa lançar produtos com o nome “língua de gato”. A empresa já havia planejado lançar um “Panetone Miau” com a descrição “Panettone Clássico com chocolate ao leite em formato de língua de gato”.

Com a decisão judicial, a Cacau Show pode expandir seu portfólio, utilizando a expressão em diversos produtos, o que pode aumentar sua competitividade no mercado.

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Relação entre Cacau Show e Kopenhagen

A decisão judicial tem potencial para impactar significativamente o mercado de chocolates no Brasil. A Kopenhagen, conhecida por seus chocolates premium, enfrenta agora a possibilidade de ver um de seus produtos mais icônicos compartilhado por outros fabricantes. A decisão abre precedentes para que outras empresas utilizem a expressão “língua de gato” em seus produtos, aumentando a diversidade de ofertas para os consumidores.

Para a Kopenhagen, a decisão representa um desafio, pois a empresa precisa se adaptar a um mercado onde a exclusividade de uma de suas marcas mais tradicionais foi retirada.

A companhia argumentou que, se a marca fosse considerada meramente descritiva da forma do produto, outras marcas conhecidas, como Baton ou Diamante Negro, poderiam ter seus nomes utilizados por concorrentes que lançassem chocolates em forma de batom ou diamantes negros.

Apesar dessa alegação, a juíza não aceitou o argumento, afirmando que os chocolates em formato de língua de gato são popularmente comercializados no mundo desde o século XIX.

A Cacau Show, por outro lado, pode capitalizar essa decisão para aumentar sua presença no mercado de chocolates. A empresa, conhecida por sua ampla gama de produtos e inovações constantes, pode agora adicionar o termo “língua de gato” a seus chocolates, atraindo consumidores familiarizados com a expressão e ampliando seu apelo no mercado.

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