Varejistas brasileiros acusam Shein, AliExpress e Shopee de crime grave
Recentemente, um estudo realizado pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) juntamente com o Instituto Brasileiro de Peritos (BP/IBPTech) revelou uma prática alarmante entre varejistas chineses. Plataformas como Aliexpress, Shein e Shopee foram flagradas vendendo produtos no Brasil que estão fora das regulamentações ou mesmo proibidos no país.
Veja quais produtos irregulares estariam sendo comercializados:
- Álcool 92,8% – Restrito ao uso hospitalar.
- Formol puro – Proibido no Brasil desde 2009.
- Maquiagem infantil – Com restrições severas devido a composições químicas.
- Remédios para câncer – Venda controlada e sujeita a prescrição médica.
- Adereços com suástica – Símbolo Nazista cuja comercialização é proibida.
A inserção desses produtos irregulares não só representa um risco à saúde e segurança do consumidor brasileiro, mas também impõe uma concorrência às empresas que operam sob as regulamentações brasileiras. O IDV, que representa 70 grandes varejistas nacionais, expressou preocupação com as práticas de mercado das empresas asiáticas que, ao ignorarem normas nacionais, se beneficiam de vantagens econômicas significativas em território nacional.
Resposta das plataformas e ações legais
Diante das descobertas, o relatório foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), para a devida análise e tomada de medidas. As plataformas envolvidas foram questionadas e se manifestaram acerca das alegações. A Shopee informou adotar medidas severas contra vendedores que não cumprem as normas e que possuem sistemas robustos para prevenir tais práticas. O AliExpress alegou não ter sido notificado oficialmente e ressaltou seu compromisso com o cumprimento das leis locais. Até o momento, a Shein não respondeu às acusações.
Para garantir a proteção do consumidor e a lealdade no mercado, é essencial uma ação coordenada dos órgãos de regulamentação nacionais e a conscientização do consumidor. Isso inclui o fortalecimento das fiscalizações, a aplicação de sanções adequadas às infrações e a promoção de uma cultura de consumo responsável entre os brasileiros. A venda de produtos irregulares por plataformas estrangeiras é um assunto que necessita de resposta rápida.