Idosos que cuidam de cães têm esse benefício na saúde
O estudo realizado pelo Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio trouxe à tona uma descoberta significativa na área da saúde geriátrica. Publicado no periódico Preventive Medicine Reports, a pesquisa revelou que idosos que cuidam de cães têm uma probabilidade 40% menor de desenvolver demência, uma descoberta que ilumina a relevância da interação social e da atividade física na preservação da saúde cognitiva na terceira idade.
Durante um período de quatro anos, o estudo monitorou 11.194 adultos mais velhos residentes em Tóquio. Os achados foram notáveis: aqueles que eram tutores ativos de cachorros tinham um risco significativamente reduzido de sofrer de demência incapacitante em comparação com seus pares que nunca possuíram cães ou que não eram mais tutores. Interessantemente, este benefício se estendia mesmo àqueles tutores de cães que levavam estilos de vida menos ativos e eram mais isolados socialmente, indicando que a simples presença e cuidado com um cão podem ter efeitos protetores contra o declínio cognitivo.
A importância deste estudo é amplificada pelo fato de que a demência, um termo abrangente para várias condições caracterizadas pela deterioração da memória, linguagem, capacidade de resolução de problemas e outras habilidades cognitivas, afeta aproximadamente 55 milhões de pessoas em todo o mundo. Estes transtornos têm um impacto profundo na vida diária, tanto para os indivíduos afetados quanto para seus cuidadores e famílias.
Ao destacar a relação entre a posse de um cão e um menor risco de demência, o estudo japonês não apenas fornece insights valiosos para a saúde mental dos idosos, mas também abre caminho para a formulação de novas estratégias de promoção da saúde na terceira idade. A inclusão de animais de estimação, em particular cães, no cotidiano dos idosos pode se tornar uma recomendação importante para melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de declínio cognitivo.
Essa pesquisa ressalta a importância do vínculo humano-animal e seu potencial terapêutico, incentivando uma maior integração de animais de estimação nas práticas de cuidado com idosos, tanto em ambientes domésticos quanto em instalações de cuidado geriátrico.