Mulher recebe pensão após levar cadáver ao banco para tirar dinheiro
Uma mulher foi recentemente absolvida pela Justiça após ter sido acusada de levar o cadáver de seu companheiro a uma agência bancária, na tentativa de realizar um saque. O caso ocorreu em Campinas, São Paulo. No dia 2 de outubro de 2020, Josefa de Souza Mathias, na época com 61 anos, levou Laércio Della Colleta, um policial civil aposentado e seu companheiro por mais de uma década, até uma agência do Banco do Brasil.
Para a surpresa de muitos, o comparecimento foi feito com Laércio já falecido, situado em uma cadeira de rodas, o que inicialmente não foi percebido pelos presentes no local.
A ação de Josefa gerou acusações de estelionato e vilipêndio a cadáver. No entanto, três meses após o ocorrido, a promotora Daniela Merino, analisando as circunstâncias do caso, pediu o arquivamento das acusações. A promotora apontou que Laércio já havia falecido por causas naturais e que Josefa, sem procuração, não teria como realizar o saque desejado, invalidando a tentativa de estelionato. Além disso, a questão do vilipêndio foi descartada, considerando que não houve a intenção de desonrar o corpo.
Após a retirada da denúncia, a situação tomou um novo rumo quando Josefa garantiu na Justiça o direito a uma pensão por morte, retroativa a R$ 191 mil, além de um pagamento mensal continuado de R$ 5,8 mil.
Comparativo com caso semelhante no Rio de Janeiro
Este caso guarda semelhanças com outro incidente no Rio de Janeiro, onde Érika de Souza Vieira Nunes foi presa ao tentar efetuar um empréstimo usando o tio, alegadamente falecido, como garantia. A ação de Érika, diferentemente do caso de Josefa, foi gravada e ganhou grande visibilidade, resultando em prisão imediata.
Incidentes como esses levantam profundas questões éticas e sociais, destacando o desespero que pode acompanhar momentos de dificuldade financeira. Ambos os casos destacam a importância de discutir a segurança e as práticas administrativas em instituições financeiras.