Tiririrca faz declaração polêmicas sobre filho de Bolsonaro
Sem papas na língua! O deputado federal Tiririca (PL-SP) argumentou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) obteve sua eleição para a Câmara dos Deputados por ter se apropriado do seu tradicional número de campanha: 2222.
Segundo Tiririca, sua própria performance eleitoral foi diretamente afetada pela perda do número para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Ele deve a Deus e aos meus eleitores”, diz Tiririca sobre Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro conquistou 741.701 votos em São Paulo, tornando-se o quarto candidato com o maior número de eleitores em 2022. Tiririca atribui esse resultado especialmente a si mesmo.
“O cara [Eduardo] só entrou por causa do meu número, porr*. Quem votou nele foi a galera que votava em mim. Ele pegou meus votos. Ele deve a Deus e aos meus eleitores”, afirmou o pai do comediante Tirullipa.
Conforme declarações do deputado e humorista, ele próprio mal se recorda do número que utilizou em sua última campanha eleitoral.
Na ocasião, Tiririca encerrou sua campanha com 71.754 votos (0,3%), sendo o candidato menos votado do estado de São Paulo, garantindo sua eleição apenas pela alta média de votos dos deputados federais do PL, que assegurou ao partido 96 vagas na Câmara.
Esse desempenho representa uma significativa queda no apoio eleitoral a Tiririca, que já foi o deputado federal mais votado do Brasil em 2010, quando concorreu pela primeira vez, usando o número 2222.
A perda do direito de usar o número de campanha foi motivo de queixa por parte de Tiririca desde antes dos resultados das eleições. Em uma entrevista à CNN em maio de 2022, ele chegou a sugerir que poderia abandonar a política caso essa mudança ocorresse.
“Aconteceram umas coisas com o partido que me deixaram meio chateado. Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro”, revelou, na época.
Tiririca também alega ter procurado Eduardo Bolsonaro e espera receber um pedido de desculpas. Segundo ele, o filho de Jair Bolsonaro teria interrompido a conversa e deixado as desculpas para uma ocasião posterior. “Não vai existir, né? Esquece”.