16% dos brasileiros possuem um fundo extra para cuidarem da saúde, revela estudo
Uma pesquisa recente realizada pela Serasa, em parceria com o dr.consulta, revelou um dado preocupante sobre o comportamento financeiro da população brasileira: apenas 16% das pessoas têm uma reserva financeira voltada a despesas médicas emergenciais, enquanto mais da metade (52,9%) afirma não possuir qualquer tipo de fundo para imprevistos.
O estudo também evidenciou a ligação direta entre saúde emocional e instabilidade financeira. Segundo os dados, 67,8% dos entrevistados reconhecem que suas finanças afetam diretamente os níveis de ansiedade. Ainda assim, mais da metade (55,8%) nunca buscou apoio psicológico para lidar com o impacto emocional dessas dificuldades.
Saúde mental ganha destaque nas prioridades familiares

Quando questionados sobre qual aspecto da saúde mais preocupa atualmente, 30,6% das pessoas apontaram o bem-estar mental da família como foco principal. Essa preocupação reflete o aumento da busca por equilíbrio emocional, mesmo diante de um cenário financeiro adverso.
Investimentos na saúde ainda são limitados
A pesquisa também apontou que a maioria dos brasileiros ainda investe pouco na própria saúde. Cerca de 36,4% estão dispostos a gastar até R$ 300 por mês com cuidados pessoais, enquanto apenas 6,6% aceitariam desembolsar mais de R$ 1.000 mensais para esse fim.
Para Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa, o ideal é incluir os cuidados com a saúde no planejamento financeiro mensal — mesmo que com passos pequenos.
“A reserva para emergências evita que situações imprevistas abalem ainda mais a saúde e o orçamento familiar. Além disso, investir em prevenção com hábitos saudáveis e acompanhamento médico pode gerar economia no longo prazo”, afirma.
Prevenção é o melhor caminho, diz especialista
Segundo Paulo Yoo, diretor médico do dr.consulta, medidas simples podem trazer grandes benefícios. “A realização periódica de check-ups e o controle de doenças crônicas ajudam a evitar complicações graves e custos elevados com tratamentos de urgência”, ressalta.
O levantamento reforça a importância de se pensar a saúde não apenas como um gasto, mas como parte estratégica da organização financeira pessoal, visando não só o bem-estar físico e mental, mas também a sustentabilidade das finanças no longo prazo.